RECUPERAçãO DE CORAçãO EM JOGO DE LOUCOS

Jogo de loucos. É a melhor forma de descrever o que se passou no Estádio dos Barreiros, casa do Marítimo que recebeu o Feirense. Duas equipas em polos opostos e com objetivos distintos: insulares a lutar pela subida, fogaceiros pela permanência. O resultado: uma vitória em tempo de compensação do Marítimo por 3-2.

Os visitantes entraram a tentar dar um ar da sua graça e pressionaram a primeira fase de construção, numa postura que foi sol de pouca dura. Confortáveis e a deixar o Marítimo correr o risco, os comandados de Lito Vidigal baixaram linhas.

Em dois minutos e nas duas áreas, destinos diferentes. Estavam 36 minutos no relógio quando Platiny, numa bela jogada, atirou a bola ao poste da baliza de Diego Callai. Ora, no minuto a seguir, Sérgio Conceição serviu Henrique Jocú, que fez uma obra de arte e colocou o Feirense em vantagem. A vantagem seguiu para intervalo.

Primeiro disparo, mudanças e recuperação impressionante

Em repetição com o que se passou no primeiro tempo, o Marítimo dispôs de uma boa oportunidade para marcar, por Xadas e levou resposta no minuto a seguir, desta vez sem ser tão letal. Mas o aviso foi dado...

...e concretizado aos 57 minutos. Olamide Shodipo, soube tirar o defesa da sua frente e finalizou com sucesso, para o 0-2. Logo no minuto a seguir, o Feirense voltou a introduzir a bola dentro da baliza, mas foi assinalado fora de jogo. Houve quem abandonasse - um solitário elemento, diga-se -, mas Fábio Pereira olhou para o seu banco, arriscou e quis acreditar num desfecho diferente. Bernardo Gomes e Borukov (este já desde o intervalo), saíram do banco para depois decidir.

A jogar com Lucas Silva caído na lateral e num 4x2x4, o Marítimo ficou às portas do céu em dois minutos que trouxeram muita esperança. Aos 68', uma jogada individual do lateral improvisado Lucas Silva deu uma bola mortal para Borukov, que não desperdiçou, e, aos 70', Euller serviu Rodrigo Borges - central na área - para o empate.

Algumas paragens de jogo de jogadores do Feirense quebraram algum ritmo de jogo, mas os últimos dez minutos foram completamente partidos. Três minutos para lá do tempo regulamentar, surgiu o momento que fez acender o caldeirão.

Uma jogada no corredor direito trouxe um passe fantástico de Tomás Domingo para Bernardo Gomes, filho do lendário Danny, que vestiu a capa de herói. 

O desfecho surpreendeu, pelo que se passou na primeira hora de jogo, mas resultado foi justo e mantém o Marítimo com esperança de subir, apesar de depender de terceiros. Os insulares, quartos classificados, têm 57 pontos, menos dois que AVS e Nacional, imediatamente a seguir. Já o Feirense, no lugar de play-off de despromoção, tem 27 pontos, menos quatro que a equipa no 15º posto, a Oliveirense.

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